"A comunicação social divulgou recentemente um comunicado da Amnistia Internacional segundo o qual foram executadas em 2005 em todo o Mundo pelo menos 2148 pessoas. 94% das execuções tiveram lugar em apenas quatro países China, Irão, Arábia Saudita e EUA.É incrível como em pleno século XXI ainda há seres humanos que pensam ter o direito de fazer terminar a vida física dos seus semelhantes. Ainda 74 países continuam a prever a pena de morte para delitos comuns. Estão actualmente condenados à morte e a aguardar a execução cerca de 20 mil pessoas em todo o Mundo.Mas é claro que a situação tem vindo a melhorar. Cada vez são mais os países que vão abolindo a pena de morte, sendo agora 122 os que já o fizeram. Em 2005 foi a vez da Libéria e do México abolirem a pena de morte.Segundo a Amnistia Internacional, o número de pessoas executadas tem vindo a diminuir. Em 2004 foi de pelo menos 3797 e nos anos anteriores tinha sido maior.Também o número de países que leva a cabo execuções tem vindo a diminuir. Enquanto há 20 anos, em 1985, 44 países o fizeram, em 2005 esse número baixou para 22, mas com grande concentração nos quatro inicialmente referidos.A trajectória evolutiva que cada ser vai fazendo é uma realidade. O somatório dessas trajectórias é de um lento mas grande sentido evolutivo de toda a humanidade, nos mais diversos aspectos.À medida que as populações desses países ainda algo retrógrados vão evoluindo espiritualmente, vão percebendo que não têm o direito de interromper a vida física dos seus semelhantes. Esse facto em si é mau para o condenado, que perde a oportunidade de continuar o seu trajecto de aprendizagem terrena; mas também o é para quem condena e executa, por se tratar de uma actuação negativa que lhe prejudica o seu curriculum espiritual, mergulhando-o num percurso algo doloroso até aprender a respeitar a vida do seu semelhante.Quando percebe o direito à vida, o homem torna-se incapaz de matar o seu semelhante e, mais tarde, provavelmente, outros seres vivos, a não ser em legítima defesa. Mas é lógico esperar que quem assume uma postura pacífica, crie em si próprio uma aura de paz que evitará situações conflituosas, que ponham em risco a vida seja de quem for.O que é desejável, então, é que cada homem saiba dar o seu contributo na pacificação do Mundo Terra, para que o mais rapidamente possível desapareça a pena de morte e, mais do que isso, todos os homens desenvolvam em si o verdadeiro amor à Vida."
Cristina Rodrigues nº4733
Fonte: http://jn.sapo.pt/2006/04/26/opiniao/direito_a_vida.html
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